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RECEBI UM DIAGNÓSTICO DE CARCINOMA DE PELE. E AGORA?

O carcinoma de pele é o câncer mais comum em todo o mundo. Seu tipo mais frequente é o carcinoma basocelular que, apesar de ser um tumor maligno, costuma ter um comportamento pouco agressivo e ter baixa mortalidade e risco de metástases. Em termos práticos, podemos dizer que raramente alguém irá morrer por causa direta do carcinoma basocelular, mas isso não quer dizer que não devemos nos preocupar com o seu tratamento adequado. É fortemente recomendado que o paciente com diagnóstico de carcinoma de pele procure um dermatologista para maiores informações e para realizar o tratamento.

ESTADIAMENTO

Todo câncer deve ser estadiado, ou seja, o médico deve avaliar o quanto esse tumor está agredindo o corpo para definir a melhor forma de lidar com o problema. Dependendo do grau de comprometimento, podem ser necessários tratamentos diferentes e com maior ou menor grau de complexidade.

O CÂNCER COM INDICAÇÃO CIRÚRGICA E O CIRURGIÃO

O carcinoma de pele na grande maioria das vezes será tratado por cirurgia, e a cirurgia mais indicada, quando o estadiamento mostrar que se trata de um tumor com maiores riscos de recidiva, é a cirurgia micrográfica de Mohs. O cirurgião dermatológico, principalmente o que possui certificação para realização da cirurgia micrográfica de Mohs, é o médico que reúne maiores condições de obter um resultado positivo (cura definitiva do carcinoma). Isso porque ele possui habilidades que o ajudam a fazer o diagnóstico, localizar a região acometida com maior confiabilidade durante uma cirurgia e conduzir de forma mais completa e ampla todas as etapas do mapeamento micrográfico. Costumo repetir muito para os pacientes: “não basta saber cavar para buscar o tesouro enterrado, se não souber onde vai começar a cavar”.

A CIRURGIA MICROGRÁFICA

Iremos marcar a região comprometida estimada e depois faremos uma segunda marcação com caneta, além da primeira marcação. Isso é o que chamamos de margem de segurança, e é importante para aumentar as chances de remover todo o tumor. Na cirurgia micrográfica geralmente a margem de segurança é menor do que a utilizada nas cirurgias convencionais. Então podemos dizer que muitas vezes a cirurgia micrográfica irá poupar tecidos, atuando apenas onde necessário. Então, tumores pequenos, cirurgias pequenas. Tumores maiores ou mais complexos já podem ter cirurgias maiores, mesmo com a técnica micrográfica.
Após removida a pele que foi marcada, iremos criar um mapa e confeccionar uma lâmina histológica para análise ao microscópio. Durante esse período da análise, o paciente fica aguardando com curativo sobre a ferida, que estará anestesiada. Então, geralmente, o paciente pode se levantar, ir ao banheiro, tirar um cochilo, mexer no celular, desde que não esteja sob sedação (na grande maioria dos casos, a cirurgia micrográfica é feita somente com anestesia local).
Após a análise, temos duas alternativas:

  • Primeira alternativa: não foi visto tumor nas margens cirúrgicas. Consideramos que a cirurgia acabou, e agora o cirurgião irá cuidar da ferida operatória (fase chamada de “reconstrução”).

  • Segunda alternativa: foi visto tumor nas margens. O cirurgião vai marcar o local onde foi visto o tumor e irá remover mais fragmentos de pele para tentar remover o restante dele.

RECONSTRUÇÃO

A ferida operatória, também chamada de “defeito cirúrgico”, será abordada pelo cirurgião, que vai analisar a melhor conduta. Na maioria das vezes, será optado por fechar a ferida. Para o fechamento, podem ser adotadas técnicas diversas, como fechamento simples, com uso de retalhos cutâneos, ou até com uso de enxertos de pele. Somente no final da cirurgia que o cirurgião conseguirá avaliar e decidir o que será feito.

CONSIDERAÇÕES SOBRE AS CICATRIZES

Toda cirurgia vai deixar marcas (cicatrizes). Devemos lembrar que o objetivo principal da cirurgia oncológica (tratamento cirúrgico do câncer) é a cura. Apesar de nos preocuparmos também com a função e com a estética da área operada, nosso objetivo primordial é tratamento. Mesmo assim, o cirurgião possui treinamento para o fechamento de diversos tipos de ferida, e fará o máximo para obter a cura e ao mesmo tempo manter a função e a estética da região operada.

OUTROS PROFISSIONAIS PODEM PARTICIPAR DA MINHA CIRURGIA?

Sim, muitas vezes podemos ter mais de um médico atuando de forma organizada, dependendo da indicação, da necessidade do cirurgião ou do desejo do paciente. Patologistas podem ser convocados para participar da fase de análise em casos mais complexos ou com fatores de maior gravidade. Anestesistas podem ser convocados para fazer uma sedação venosa em casos selecionados. Outros cirurgiões, como oftalmologistas, cirurgiões plásticos, entre outros, podem ser convocados para auxiliar na cirurgia.

É POSSÍVEL MELHORAR MAIS O ASPECTO DE CICATRIZES APÓS A CIRURGIA?

Sim, mas geralmente isso não deverá ser feito de maneira imediata. Na grande maioria das vezes, por se tratar de um tratamento oncológico, iremos orientar cautela e paciência. A cicatriz deverá ser monitorada por um tempo antes que seja recomendado algum tipo de revisão. Alguns casos podem ter que aguardar 1 ou 2 anos até que seja considerado seguro fazer uma cirurgia com objetivos estéticos no local tratado.

DEPOIS DA CIRURGIA, ESTAREI CURADO?

O paciente sai da cirurgia com status de “tratado”, mas não quer dizer que está curado. Todo câncer tem risco de recidiva (pode voltar a crescer no mesmo local). No caso dos carcinomas de pele, geralmente é necessário um acompanhamento com médico dermatologista por 2 a 3 anos antes que se possa dizer que foi alcançada a cura. Visitas ao dermatologista serão importantes pelo resto da vida do paciente. A frequência dessas visitas será determinada pelo seu médico.

CARTILHA PARA O PACIENTE COM CARCINOMA DE PELE

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